A Fenacor promoveu, na última quinta-feira, 1º de dezembro, a etapa de encerramento do Conexão Futuro Seguro 2022, ciclo de eventos virtuais que, neste ano, superou as expectativas dos organizadores. “No total, mais de oito mil pessoas, a maioria corretores de seguros, participaram das quatro etapas virtuais e deste evento de encerramento”, comemorou o presidente da Federação, Armando Vergilio.
Realizada no Rio de Janeiro (RJ) e com transmissão on-line ao vivo para o restante do País, a etapa final promoveu debates sobre dois temas de grande importância para os corretores e para o mercado: “Perspectivas com o Novo Governo e IMS – Iniciativa do Mercado de Seguros” e “Perspectivas do Setor para 2023 e Fórum Mário Petrelli”.
O primeiro tema foi conduzido pelo palestrante Gerson Camarotti, comentarista político da GloboNews e do programa “Bom Dia, Brasil!”, da TV Globo. O jornalista destacou a importância de o novo Governo, eleito no final de outubro, buscar a pacificação nacional. “Hoje temos um país que sai de uma eleição extremamente disputada. É um momento de muita polarização. O brasileiro precisa se unir agora”, disse.
Novo cenário político
Após a palestra, a questão foi alvo de debate entre o presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergilio, o superintendente da Susep, Alexandre Camillo, e o diretor Técnico da CNseg, Alexandre Leal. Armando Vergilio foi o mediador.
O presidente da ENS enfatizou a importância de que o órgão regulador seja comandado por quem conhece o mercado de seguros e lembrou os avanços importantes que a autarquia teve quando, pela primeira vez, um corretor de seguros foi superintendente, em 2007. “Na gestão de Armando Vergilio, houve a abertura no resseguro e o mercado passou a ter acesso ao microsseguro. Várias outras normas de extrema relevância foram aprovadas naquela gestão”, pontuou.
Opinião semelhante foi manifestada por Alexandre Camillo, que citou o próprio exemplo para defender a presença de representantes do mercado no comando da Susep. “Sou da iniciativa privada e encontrei um corpo técnico de excepcional qualidade na autarquia. Entendo que essa seja a mistura ideal”, frisou Camillo, que vê boas razões para se apostar em um desempenho positivo do setor em 2023. “Tenho confiança de que o setor vai continuar crescendo”.
Por sua vez, Alexandre Leal listou dados que mostram a relevância cada vez maior do mercado de seguros para a sociedade. “No ano passado, apenas no ramo Saúde, o setor devolveu para a sociedade, na forma de indenizações, mais de R$ 200 bilhões. Esse valor supera até mesmo o orçamento do Ministério da Saúde. Mas, precisamos mostrar isso para a sociedade, aparecer para o Governo, mostrar que o seguro oferece proteção para tudo e para todos”, enfatizou o diretor da CNseg.
Crescimento do setor
O segundo painel, mediado pelo vice-presidente da Fenacor na Região Sudeste e presidente do Sincor-SP, Boris Ber, contou com quatro executivos de grandes empresas do mercado: o presidente da Capemisa, Jorge Andrade; o presidente do Conselho de Administração da MAG Seguros, Nilton Molina; o diretor Comercial da Mapfre, Raphael Bauer; o presidente da Tokio Marine, Adalberto Ferrara; e o CEO da MDS Brasil, Ariel Couto.
Ferrara ressaltou o crescimento do mercado nos últimos anos, lembrando que o setor de seguros vem crescendo sempre acima do PIB brasileiro, há mais de 10 anos, com exceção de 2014 e 2015. “O nosso mercado triplicou de tamanho nos últimos 11 anos”, disse o executivo da Tokio Marine.
Já Ariel Couto falou das preocupações com o “endurecimento” do mercado internacional de resseguro, que pode se refletir no Brasil, em 2023. “As renovações serão mais duras, embora o efeito seja menor aqui, pelo fato de termos menos riscos catastróficos”, comentou.
Em sua explanação, Bauer incentivou o corretor de seguros a atuar no ramo Agrícola. “Esse segmento representa 30% do PIB brasileiro. O Seguro Agrícola vem crescendo ano a ano e há várias modalidades de coberturas no campo: Seguro de Vida Rural, Auto, Aeronaves, Animais. O corretor de seguros não pode deixar de lado o potencial desse segmento”, alertou.
Por fim, Nilton Molina ressaltou que é preciso observar com mais atenção a questão da longevidade e o potencial do Seguro de Vida. “Os seguros individuais não alcançam sequer 5% da população brasileira”, exemplificou.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Fenacor