Lloyd’s assume compromissos ASG

Reduzir a emissão de carbono a nível zero até 2050, apoiando e orientando o mercado de seguros para atingir esse mesmo objetivo. Este é apenas um dentre os vários compromissos assumidos pelo Lloyd’s no Brasil, que estão alinhados à pauta ASG e que foram apresentados no oitavo episódio do circuito de lives “ASG e o Futuro do Seguro no Brasil”.

Promovido pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), o encontro foi transmitido ao vivo na última quinta-feira, 15, no canal da Instituição no YouTube, e reuniu o docente da Escola, Mauricio Leite, e a diretora do Lloyd’s no Brasil, Rafaela Barreda. Em pauta, as atividades da empresa relacionadas aos temas ambiental, social e governança.

“Sustentabilidade é uma questão de atitude”

Barreda iniciou apresentando a estratégia ASG do Lloyd’s. “Cada vez mais enxergamos a necessidade de sermos ecológicos. Sustentabilidade é uma questão de atitude, ela é importante para os negócios das empresas e para o Planeta como um todo. Por isso, estamos comprometidos em impulsionar o progresso do ASG em três áreas: clima, cultura e comunidade”, afirmou.

O primeiro objetivo da companhia é ser carbono zero até a metade deste século. Já na esfera cultural, a diretora explicou que o Lloyd’s estabelece metas a respeito da diversidade e inclusão. “Continuaremos a desenvolver e expandir os relatórios e projetos sobre diversidade e inclusão em todo o mercado”.

No pilar comunidade, a executiva destacou que o Lloyd’s dará continuidade ao trabalho nas quatro instituições de caridade que administram. “Pretendemos aproximá-las em 2023 sob um guarda-chuva da Lloyd’s of London Foundation, que vai fornecer um veículo único e coordenado para apoio de caridade que possa permitir mais iniciativas sustentáveis impactantes”.

Energias verdes

Outro compromisso da companhia alinhado ao tema ASG é a transição global para energias mais ecológicas. “Fornecer uma resiliência climática exigirá adaptação dos nossos sistemas globais, incluindo as indústrias de transporte e de energia”, alertou.

Entre as fontes de energia renováveis que hoje abastecem o Planeta, Barreda destacou as três que mais contribuem para a redução de carbono. “A eólica é essencial para o sistema de energia própria de futuro. Os avanços tecnológicos como a tecnologia eólica flutuante, evolução de turbinas e a manutenção de drones estão impulsionando o surgimento de novos mercados eólicos offshore”, frisou.

“Já a nuclear é a segunda maior fonte de energia de baixo carbono do mundo, representa 10% do fornecimento global de eletricidade. As próximas gerações de tecnologias nucleares apoiarão a transição para uma economia de baixo carbono”.

Na sequência, a diretora falou sobre o hidrogênio como terceira opção de energia verde. “Ele é um combustível líquido que não produz emissões diretas de gases do efeito estufa. Devido à sua leveza, densidade energética e capacidade de atuar como transportador de energia, ele é um facilitador essencial para acelerar a descarbonização de vários setores, incluindo metais e mineração, produtos químicos, fretes domésticos e internacional, transporte pesado, cimentos e agricultura”.

Transportes mais ecológicos

A preocupação do Lloyd’s com a descarbonização dos meios de transporte também foi abordada. Na opinião da diretora, uma transição global bem-sucedida para uma economia de baixo carbono passa pela atenção com as indústrias de aviação, marítima e de veículos terrestres.

O transporte aéreo foi um dos que mais contribuíram com a emissão de gases poluentes para o efeito estufa. “As emissões diretas representam cerca de 2,4% das emissões globais antes da Covid. E, de acordo com a Organização Internacional da Aviação Civil (OACI), essas emissões podem triplicar até 2050”, advertiu.

Já no setor marítimo, responsável por movimentar aproximadamente 80% do comércio mundial, as emissões de carbono podem aumentar 250% até 2050. “À medida que o mundo caminha para uma economia de baixo carbono haverá uma necessidade crescente de transição da indústria naval”.

Finalmente, os automóveis, que, somados às emissões de carbono, são responsáveis por 24% dos gases poluentes globais. Para a executiva, “não é surpreendente que a eletrificação da indústria automotiva e o desenvolvimento de infraestrutura de suporte tenham tido tanto destaque nos caminhos para a descarbonização”, finalizou.

Fique por dentro do ASG

Em outubro, a ENS iniciará as aulas da Certificação Avançada em ASG em Seguros, programa que capacitará profissionais para uma transformação do mercado de seguros com iniciativas sustentáveis.

Clique aqui para conferir e visite também o canal da Escola no YouTube. Inscreva-se e acompanhe os próximos encontros do circuito de lives ASG.

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