Para entender os desafios que envolvem a transição para o mundo “Open”, na última quinta-feira, 10 de agosto, a Escola de Negócios e Seguros (ENS) promoveu a live “Desafios do Open Insurance/Finance”, transmitida ao vivo pelo canal da Instituição no YouTube.
Mediado pelo superintendente regional São Paulo da ENS, Rodrigo Matos, com participação da diretora de Ensino da Escola, Maria Helena Monteiro, o encontro teve como convidado especial Gustavo Leança, diretor de Seguros da Capgemini e um dos principais especialistas em Open Insurance e Open Finance do País.
“Somando quase 20 anos de atuação no mercado de seguros, o professor Gustavo vai poder falar com muita propriedade sobre o tema. Atualmente, ele está à frente das discussões-chave para o setor, como Transformação Digital, Inovação Tecnológica e Impactos Regulatórios, além do próprio Open Insurance”, destacou Maria Helena, na abertura da live.
“Alguns dos temas que mais têm gerado dúvidas são os “opens”. Open Banking, Open Finance, Open Investments, Open Insurance. Afinal, o que é esse tal de ‘open’ e quais os impactos para o mercado segurador?”, questionou Rodrigo Matos.
Tema cíclico e duradouro
Para Leança esse é um tema cíclico e que aind a vai reverberar por muito tempo. “Primeiro porque é um assunto com potencial de transformação do mercado de seguros e também um tema que o próprio setor de seguros reconheceu a importância, vide a presença do assunto Open Insurance no PDMS, montado pela CNseg, como uma das iniciativas a serem acompanhadas”.
“Se a gente for pensar no processo, a análise realizada hoje é fria e a seguradora não sabe se eu sou um bom pagador, não sabe se eu tive um sinistro, ou quais coberturas eu uso. Com o Open Insurance, toda a comunicação é feita de empresa por empresa, ou seja, uma cotação em uma nova seguradora vai permitir que ela pegue esses dados e, a partir daí, consiga oferecer melhores serviços com o melhor preço, respeitando sempre a LGPD”, lembrou o executivo.
“Open Tudo”
O diretor da Capgemini falou ainda sobre o movimento de compartilhamento de informações para outras atividades. “Os dados de seguros e dados de bancos (banking) podem ser trocados, de maneira que cada um possa fazer melhores ofertas e conhecer em detalhes o cliente. A partir do que já existe do Open Banking, com o Open Insurance teremos um sistema totalmente aberto, que será o Open Finance”.
“Recentemente fizemos um estudo na Capgemini e vimos que, hoje, 58 países estão indo para essa linha de open. A Europa olha para 2024 para falar de Finance, A Austrália para falar de Comunnication. Esse movimento open começou pequeno no Reino Unido e agora se espalhou pelo mundo. O Brasil resolveu assumir o protagonismo e está seguindo a linha para discutir outros opens, algo tracionado pelo Banco Central, que chama de ‘Open Tudo’”.
“A ideia é, quanto mais eu conseguir compartilhar meus dados com as empresas, mais elas conhecem meu perfil e com isso oferecem melhores serviços sob o melhor preço”.
Qualificação
Gustavo Leança também falou a respeito dos aspectos regulatórios do Open Insurance e comentou os recentes normativos divulgados pela Susep. O executivo citou a plataforma SPOC, explicou como os corretores de seguros poderão se beneficiar desse sistema e lembrou a importância da nova Certificação Avançada em Open Insurance/Finance, lançada pela ENS.
O programa inédito, sob coordenação do especialista, está com inscrições abertas e as aulas terão início em 12 de setembro. “A ideia é que os alunos dominem o conceito de Open Insurance e consigam enxergar as oportunidades e desafios. Temos um corpo de docentes de altíssima qualidade. Serão 10 módulos nos quais abordaremos o fundamento do OI, a regulação em detalhes, as expectativas do consumidor. Teremos uma aula especial sobre Open Finance e vamos falar sobre desafios tecnológicos e transformação digital”, antecipou.
Assista à live na íntegra abaixo no Acontece e clique aqui para mais informações da inédita Certificação Avançada em Open Insurance/Finance.
