Encontrou mostrou que a tecnologia é um apoiador dos profissionais de seguros
Na última quinta-feira, 22 de junho, a Escola de Negócios e Seguros (ENS) deu início a mais um circuito de lives: “IA a serviço do corretor de seguros”. A primeira edição foi transmitida ao vivo pelo YouTube e LinkedIn da ENS, e teve mediação do gerente de Estratégia, Inteligência Comercial e Processos da Instituição, Ronny Martins.
Os convidados especiais do evento de estreia foram o professor e coordenador da Certificação em Aceleração Digital para Corretores de Seguros da ENS, Diego Rocha, e o corretor de seguros, especialista em Ferramentas Digitais e consultor de SEO, Danilo Silva.
No debate, os executivos compartilharam insights valiosos sobre os fundamentos da Inteligência Artificial (IA), a aplicação dela no setor de seguros e a importância do contexto no desenvolvimento de soluções inteligentes.
A abertura foi conduzida pela diretora de Ensino da Escola, Maria Helena Monteiro, que enfatizou o objetivo do novo circuito.
É um prazer abrir essa nova sessão de lives. Sabemos que o corretor ainda teme o mundo digital e este novo circuito será uma maneira de desmistificar esse mito e apresentar os benefícios para os profissionais. Eu sou uma entusiasta da tecnologia e aprendo muito com a nova geração, e hoje, teremos esses dois grandes especialistas que vão corroborar com o tema e trazer discussões muito interessantes”.
Como a IA pode ajudar o corretor de seguros?
Esse questionamento, feito por Ronny Martins, pautou o primeiro encontro. Para respondê-lo, Danilo Silva lembrou que uma das estratégias para vender mais usando IA é investir em conteúdos digitais.
“Utilizar as ferramentas de IA para fazer marketing digital é um grande facilitador, nós corretores precisamos criar conteúdo para postar nas redes sociais. Dessa forma, captamos mais leads que podemos converter em negócios. Nesse ponto, as ferramentas de IA nos ajudam em todo o processo, do início até o fim. Só precisamos desenvolver conteúdo, lapidá-lo para extrair o melhor e transformar em vendas”.
Diego Rocha lembrou que existem públicos e classes sociais que não são impactados pelo setor de seguros e, nesse aspecto, a IA pode alavancar o mercado e potencializar as vendas dos corretores. “Perceba que, no passado, as vendas de seguros eram concentradas na elite, nas pessoas que podiam receber uma oferta dos corretores. Hoje esse cenário é diferente e um dado recente comprova que houve crescimento de 80% no consumo de seguros nas classes C, D e E. Mas ainda é pouco. Existem cerca de 250 milhões de smartphones no nosso País e grande parte das classes sociais que não consomem seguros tem interações diárias nas redes. Isso mostra que essas pessoas precisam consumir publicações que as engajem a conhecer mais sobre seguros, que ensinem sobre educação financeira”.
“É um mercado que tende muito a crescer, hoje cerca de 6,5% do PIB é seguro, e quando as classes C, D e E, que consomem produtos digitais, forem inseridas no mercado de seguros, esse número tende a crescer e muito”, complementou Rocha.
Quais ferramentas usar?
Para entender como capilarizar essas classes, o especialista em Ferramentas Digitais afirmou que o ChatGPT é uma das IAs que contribui para o trabalho dos corretores. “Temos que saber fazer os comandos corretos, os famosos prompts, extrair da ferramenta a melhor informação, pois o resultado vai depender muito disso. Qual o produto que você vai vender? Qual o público-alvo desse produto? Essas são perguntas que o corretor sempre precisa ter em mente para ter êxito e vender mais”.
Danilo Silva salientou que é responsabilidade do corretor definir objetivos e ter planejamento. “As ferramentas digitais existem para facilitar a profissão, mas o planejamento pessoal, de saber até onde quer chegar, o nível que pretende atingir, vai depender de cada um e de nenhuma IA”.
Nesse sentido, Diego Rocha endossou a opinião do colega de profissão. “O grande lance da IA é que ela seja um apoiador, uma espécie de backoffice do corretor de seguros, para que ele consiga escalar cada vez mais seus projetos. O que fica aqui da conversa é que não é ‘nós contra a inteligência artificial’, mas sim, como usá-la em prol das vendas de seguros. Quando o corretor entender isso o mercado vai se desenvolver ainda mais”.