“Open insurance trará benefícios não só para os consumidores, mas para todo o mercado”

“Ainda existe um desconhecimento sobre o tema, e não é um tema tão fácil de explicar. Esse desconhecimento gera um medo inicial, um conflito. Essa é a primeira reação da maioria dos corretores”. No oitavo episódio do circuito de lives da ENS, “Empreendendo e Aprendendo”, o convidado Rogério Melfi, líder do grupo de trabalho sobre Open Insurance na ABFintechs, falou sobre as oportunidades e desafios do Sistema de Seguros Aberto para todos os envolvidos do mercado, em particular seguradoras e corretores de seguros. 

O encontro foi transmitido ao vivo pelo canal da Escola no YouTube, na última quinta-feira, 7 de julho, e contou com a mediação do gerente de Estratégia, Inteligência Comercial e Processos da ENS, Ronny Martins. A abertura foi conduzida pela diretora de Ensino Técnico da Escola, Maria Helena Monteiro. 

No bate-papo, Melfi comentou que o open insurance ainda é um mercado a ser explorado e compreendido. “Os principais benefícios imediatos do open insurance são para os consumidores, mas a cadeia toda, incluindo corretores, seguradoras e empresas que estão nesse ecossistema de tecnologia, acabam se beneficiando, porque vai haver um fomento maior para todo o setor”. 

A explicação, segundo o executivo, é que haverá uma maior concorrência entre os players, fazendo com que o sistema todo fique mais eficiente. “Podendo compartilhar os dados, o valor do prêmio tende a ter uma redução, e, com isso, mais pessoas vão contratar seguros e o mercado vai crescer”. 

Relacionamento digitalizado 

O líder da ABFintechs destacou que o open insurance trará a oportunidade de digitalizar cada vez mais o relacionamento com o consumidor, conferindo uma agilidade que poderá gerar novos contratos para os corretores. “A experiência entre o corretor e o usuário vai ficar mais fácil, por uma questão de usabilidade, o que acaba tirando todo o atrito. Isso é um benefício. Atendendo de forma mais rápida e eficiente o corretor terá mais tempo para prospectar novos clientes”, explicou. 

Um exemplo utilizado por Melfi para ilustrar a importância das novas tecnologias são os aplicativos de entrega de alimentos. “Há 10 anos, o telefone era muito importante. De uns anos para cá, surgiu o Ifood e, hoje, se a pizzaria não está lá, ela perde o cliente. O cliente quer o digital. O mesmo vale para o open insurance e as novas tecnologias do mercado segurador. O setor vai crescer, mas vai crescer para quem está no digital, dentro do ecossistema, nas plataformas. Quem ficar fora desta onda ainda vai ter cliente, mas vai diminuir e ficar restrito”. 

O especialista também ressaltou que o corretor ainda tem muito o que aprender sobre o tema e deve iniciar agora a adaptação para os serviços digitais. “É um assunto novo, começou agora, e daqui a dois anos saberemos muito mais do que sabemos hoje. Mas ele precisa começar a estudar isso agora, aprender novas tecnologias para atender melhor os clientes”, concluiu Melfi. 
 
Fique por dentro 

As lives da ENS são transmitidas ao vivo e podem ser conferidas posteriormente no canal da Instituição no YouTube. Acesse, participe e acompanhe os próximos encontros da série Empreendendo e Aprendendo. 

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