Home office e mudança de comportamento social estão entre os principais motivos desse crescimento
No pós-pandemia, muitas organizações e empreendedores optaram por continuar em home office, cultura adquirida durante o isolamento social da pandemia, que trouxe uma nova realidade para dentro dos lares brasileiros. Com a população dentro de casa, reparos e manutenções, por exemplo, se tornaram mais frequentes. E o trabalho à distância também facilitou essa mudança, o que aumentou a preocupação com o próprio lar, a percepção de valor em ter um seguro residencial e fez com que as vendas deste produto crescessem.
De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), houve cerca de 12,8% de crescimento em 2021 se comparado ao ano anterior. O que faz com que hoje, no Brasil, do total de 70 milhões de lares, cerca de 10 milhões possuem seguro residencial, o equivalente a quase 15%, demonstrando um mercado promissor de negócios.
Na Rede Lojacorr, os seguros relacionados a imóveis tiveram um aumento de demanda. De 2019 para 2020 cresceu aproximadamente 23%, e de 2020 para 2021, cresceu cerca de 15%.
Segundo Luiz Longobardi Junior, diretor de Distribuição e Mercado da Rede Lojacorr, esse crescimento pelo Seguro Residencial é reflexo das recentes mudanças sociais e econômicas. “A população percebeu a importância do Seguro Residencial nessa nova realidade. Por isso, o setor também viu a necessidade de se adaptar, estabelecer novos benefícios, renovar as estratégias de comercialização e o atendimento a esse mercado. Neste contexto entra o papel primordial do corretor como um consultor que busca entender ‘Como Vender Seguro Residencial’, os produtos disponíveis em cada companhia seguradora, valores, coberturas e flexibilizações, além de entender como conquistar esse cliente, seja pela facilidade de permitir fazer um mix de carteira ou por compreender a necessidade de cada um”, afirma.
Raquel Cerqueira, superintendente de Ramos Elementares da Bradesco Seguros, também aponta que um dos motivos do crescimento está no “aumento da percepção e consciência das pessoas sobre riscos e a importância da proteção nos últimos anos”. Em paralelo, Raquel afirma que o home office ou trabalho em formato híbrido vieram para ficar. “Com isso, o setor vem se adaptando às mudanças, tanto na forma de comercialização como também de produtos que atendam as novidades em possíveis riscos no trabalho a distância, entre eles os seguros para equipamentos profissionais mais sofisticados instalados nas residências”, conta.
Para Paula Tassi, gerente de Produto da HDI Seguros, a pandemia gerou uma mudança nos hábitos de consumo de todos. “Especialmente em relação aos lares, houve um aumento na procura por imóveis maiores e a crescente necessidade de reformas e pequenos reparos para as pessoas se sentirem mais confortáveis dentro de casa”, relata. Ainda de acordo com a gerente, as pessoas devem enxergar o Seguro Residencial “sob a ótica de que é um investimento e um importante aliado, que agrega valor e garante a tranquilidade do segurado em situações de imprevistos que possam ocorrer em sua casa”, afirma.
Além desse isolamento social, o crescimento do mercado imobiliário também favoreceu o seguro residencial. Segundo análise da Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário) a estimativa é de que 2021 tenha movimentado cerca de R$ 11 bilhões em vendas no Brasil, com um VGV (Valor Geral de Vendas) na faixa de R$ 99 bilhões, somente na cidade de São Paulo houve um volume de negócios em torno de 30%.
Até o final deste ano, o cenário é ainda mais otimista, pois a previsão de crescimento é maior do que o projetado para a economia nacional, com o aumento da geração de negócios e criação de novas oportunidades.
Seguro para home office
Pensando na nova realidade em que está inserida a sociedade “pós pandemia”, as principais seguradoras incluíram outros benefícios para os clientes. Além das coberturas mais tradicionais como: incêndio, danos elétricos, furto, roubo, despesas emergenciais, queda de raio, quebra de vidros, desmoronamento e explosão, por exemplo, criaram coberturas personalizáveis, de acordo com a necessidade do contratante e também voltadas a atender os profissionais que começaram a empreender dentro de suas próprias residências.
Como foi o caso do produto “HDI em Casa”. Paula Tassi, conta que entre os benefícios oferecidos, além de todos os pacotes de assistência e coberturas completas de serviços, possui uma cobertura adicional para microempreendedor em residência, voltada à proteção de bens e equipamentos do cliente dentro de casa. “A cobertura é abrangente, contemplando mais de 40 profissionais com ocupações independentes, como cabeleireiros, confeiteiros, eletricistas, tatuadores e outros, que podem contar com a proteção da HDI para a residência e também para os respectivos equipamentos utilizados para o exercício da função dentro dela”, relata.
O mesmo também traz esse benefício no produto Residencial Sob Medida do Bradesco Seguros que passou por transformações para tornar-se ainda mais atual em relação ao mercado. Raquel Cerqueira afirma que “uma delas também é a proteção para atividade comercial na residência: proteção para máquinas, móveis, utensílios, mercadorias e matérias-primas, diretamente relacionados com a atividade profissional do segurado, cujo ramo esteja devidamente enquadrado na legislação do MEI”, finaliza.
Fonte: Lide Multimídia/Rede Lojacorr