Por: Antonio Penteado Mendonça – Colunista no jornal O Estado de São Paulo, sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e secretário-geral da Academia Paulista de Letras
Carnaval é época de bagunça, barulho, folia, gente na rua e muito samba no pé. Ou outra música qualquer, como funk e sertanejo universitário, que deixariam Noel Rosa vermelho de vergonha, mas que hoje fazem a festa nos blocos, bloquinhos e blocões que desfilam pelas ruas e avenidas das cidades brasileiras, puxando milhares de foliões.
A cidade de São Paulo espera receber quinze milhões de pessoas em suas ruas nos dias de carnaval, que não são mais os quatro tradicionais, mas três fins de semana seguidos, com o meio mais ou menos ocupado, divididos entre pré-carnaval, carnaval e pós-carnaval. Nessa toada, pode mais quem pula mais e chora menos, quem não se machuca, não é roubado, furtado ou não sofre outro tipo de acidente, durante os dias em que estará na rua, atrás do trio elétrico, fantasiado do que quiser, dando asas à liberdade de ser, encontrar e fazer.
Tem gente que diria que nessa hora é de mau gosto se falar em seguro. Afinal, seguro lembra acidente, perda e prejuízo. É verdade, lembramos do seguro na hora em que sofremos um acidente, somos roubados, batemos o carro, quebramos uma perna. Mas o culpado não é o seguro. Ao contrário, o seguro é a solução. É quem diminui a dor da perda, porque repõe o prejuízo financeiro.
Será que no carnaval existe culpa ou é tudo permitido? O carnaval libera geral, mas a lei segue sendo a lei, os acidentes continuam acontecendo e os ladrões se aproveitam da liberdade na folia para levarem o que é seu, aplicando golpes incríveis, fr que você só percebe que foi vítima muito tempo depois.
Durante a festa na rua, não é improvável uma batida de carro, o atropelamento de um ciclista ou a queda da moto. A violência pode variar bastante, de uma simples colisão que fica na franquia até a perda total do veículo. Então, o melhor é ter seguro de auto.
Mais provável ainda é uma queda pulando perto do trio elétrico. Os resultados vão de não acontecer nada, ou uma pequena esfolada no joelho, até um tornozelo torcido, uma perna quebrada ou até mesmo algo mais grave.
Nesse quadro, você prefere o SUS ou um hospital particular? Garanto que não existem prontos-socorros mais eficientes do que os do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de São Paulo. Mas o atendimento é do SUS. Tem quem não gosta e prefere um hospital particular. Como ele é pago e as contas atualmente são salgadas, sua opção para não deixar um caminhão de dinheiro em complemento ao acidente é ter um plano de saúde privado.
Para não falar nos golpes com os cartões em geral. Desde a aproximação da maquininha do bolso onde está seu cartão de aproximação até sequestros relâmpagos para conseguir suas senhas e sacar sua grana. Mais uma vez, o seguro é uma ferramenta importante. Ele minimiza os prejuízos materiais. E a regra vale para o celular. No ano passado roubaram mais de 300 mil aparelhos na Capital.
Será que o seguro é mesmo o grande inimigo do carnaval, a palavra a ser exorcizada, ou será que ele é a solução que resolve nos momentos complicados?