Por: Antonio Penteado Mendonça – Colunista no jornal O Estado de São Paulo, sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e secretário-geral da Academia Paulista de Letras
Muita gente contrata seguro viagem porque o país para onde vai exige o seguro. O resultado é que ele guarda a apólice em algum lugar entre os documentos que vai levar e não lê o que está escrito, o que ele contratou. Na cabeça dele está a garantia para extravio de bagagem e isso basta. Mas o seguro viagem vai muito além e oferece uma gama de garantias extremamente importantes para quem está longe de casa, normalmente num lugar desconhecido e onde ele não sabe como se virar se tiver algum problema mais sério.
O seguro viagem é um produto sofisticado, importante e barato. A isca para sua contratação é a garantia para indenização de bagagens extraviadas. E os agentes de turismo aproveitam a exigência da sua apresentação por grande parte dos países da Europa para vendê-los aos seus clientes com viagem marcada para o exterior. Mas ele é muito mais do que isso e o importante é que seu preço é módico é perfeitamente pagável, dentro dos custos de uma viagem, onde só a passagem de avião custará mais de mil dólares.
Quem sabe a garantia mais valiosa oferecida pelo seguro viagem é a cobertura de despesas médico-hospitalares. Ela garante necessidades de atendimento de saúde decorrentes de doenças e acidentes e vai de uma simples consulta médica a uma internação em UTI. Esses procedimentos podem ser bastante caros, principalmente porque se dão em caráter particular, já que o turista não é residente do país onde se encontra e, consequentemente, não está inscrito na previdência social e não tem direito a recorrer à rede pública de saúde.
Uma cirurgia em uma perna quebrada num acidente de esqui pode custar dezenas de milhares de dólares. E um acidente mais grave custará bem mais do que isso, para não falar nos custos com uma internação em UTI.
Além das despesas médico-hospitalares, o seguro viagem oferece uma verba para fazer frente a despesas legais e com advogados. Elas também podem custar dezenas de milhares de dólares e a ausência de um profissional qualificado pode ter consequências jurídicas bastante negativas para o viajante que eventualmente tenha problemas com a lei.
Ele também oferece garantia para a remoção e transporte do viajante acidentado ou doente para o centro de saúde onde será atendido e, em caso de óbito do segurado, o translado do corpo de volta para o Brasil.
Nem sempre o viajante está acompanhado. Assim, em caso de internação hospitalar ou outras situações em que seja necessário, o seguro também paga as despesas do acompanhante que vai fazer-lhe companhia.
Como se vê, por essa rápida apresentação de algumas de suas garantias, o seguro viagem é um produto praticamente indispensável para o viajante que quer reduzir ao máximo as chances de ter problemas ou arcar com contas salgadas em função de eventos acontecidos durante sua viagem.
Alguém poderia dizer que conhece quem teve problemas com o seguro viagem quando necessitou utilizá-lo. É verdade, problemas acontecem e nem todas as empresas têm capacidade de atendimento ao redor do globo. Mas aí o caminho é pesquisar e só contratar o seguro com empresas idôneas, que tenham atendido seus segurados sem nenhum tipo de problema.