Circuito sobre Educação Financeira estreia com LinkedIn Top Voice

Criadora do podcast “Pod isso, Meninas?”, Naiara Bertão falou sobre controle de gastos, poupança e gerenciamento de dívidas

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) deu início, na última quinta-feira, 16 de março, a mais uma série de lives em seu canal oficial no YouTube. Intitulada “Educação Financeira”, a iniciativa pretende mostrar os benefícios de uma boa compreensão sobre o tema e como isso pode contribuir para o planejamento de objetivos de vida, como a compra de um imóvel, a aposentadoria e até mesmo administrar um negócio.

O mediador do novo circuito é o PhD em Finanças, professor e pesquisador da Escola, Carlos Heitor Campani. No primeiro encontro, Campani recebeu como convidada especial a jornalista, podcaster e LinkedIn Top Voice e Economic Empowerment, Naiara Bertão.

Coube ao gerente de Estratégia, Inteligência Comercial e Processos da Escola, Ronny Martins, dar as boas-vindas aos participantes e ressaltar o início de mais um ciclo de debates. “Estamos iniciando esse circuito que vai tratar de Educação Financeira, que é, sem dúvida, um tema muito importante para todos os nossos alunos e todos que querem aprender mais sobre Finanças”, disse Martins.

Finanças: assunto também de mulher

O tema do primeiro encontro foi “Por que educação financeira e planejamento financeiro são importantíssimos em nossas vidas?” e a convidada destacou que Educação Financeira é um assunto que precisa ser discutido entre todos os públicos, especialmente pelas mulheres. “Educação é bom para qualquer assunto. Educação sobre finanças é super relevante, porque tudo o que a gente faz está ligado ao dinheiro. Um exemplo é a nossa carreira profissional, ela está intrinsicamente ligada a finanças”.

A convidada explicou que um dos grandes problemas é que este é um segmento majoritariamente masculino. “Muitas mulheres sofrem preconceito e isso é cultural. Sempre foi o homem quem cuidou das finanças, mas esse é assunto de mulher sim. Hoje isso vem mudando, é perceptível, mas de uma forma muito lenta. Ainda temos um percentual de menos de 30% de mulheres que atuam no segmento financeiro”, completou.

Seguindo a linha de raciocínio, a jornalista percebeu que uma das maneiras de engajar mais pessoas sobre educação financeira é trazer temas relacionados ao dia a dia delas. A especialista citou como exemplo o podcast “Pod isso, Meninas?”, que vem contribuindo para que mais mulheres entendam o assunto.

“A gente parte do pressuposto de que as finanças têm que estar dentro dos assuntos do dia a dia, e não como uma disciplina separada. Precisamos ensinar e fazer esse tema virar um assunto comum e não um tabu. A gente vê também muitos cursos de educação financeira e de investimentos como algo modular, mas você só vai conseguir absorver conteúdos de finanças se entender sobre o que está sendo discutido, se fizerem sentido na nossa vida, dentro dos nossos próprios contextos. E é isso que a gente traz no ‘Pod isso, Meninas?’. Eu fico muito feliz que o nosso público seja majoritariamente feminino”.

Educação Financeira, disciplina que permeia nossas vidas

Outro dado mostrado por Bertão e que foi tema de um dos episódios do seu podcast revela que educação e planejamento financeiro estão ligados aos sonhos pessoais das pessoas. “A primeira etapa do planejamento financeiro é entender o que você quer. Por exemplo, um dos sonhos de um adolescente é conseguir um emprego bom, isso é finanças puro. O segundo é comprar um apartamento. Se ele não administrar bem o dinheiro que ganha, dificilmente conseguirá. O terceiro é viajar, o que exige um planejamento não apenas financeiro”.

A jornalista alertou ainda para casos de infidelidade financeira, que é quando uma pessoa esconde como lida com as finanças. “Conheci famílias que se desfizeram por problemas financeiros. Uma pessoa próxima a mim contou que escondia as compras que tinha feito no carro, subia para conferir se tinha alguém em casa para poder guardar o que comprou. Por isso, quando falamos sobre educação financeira, entendemos que é um tema que exige um nível de transparência e deve ser cada vez discutido”, concluiu.

Artigos Relacionados