A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) enviou para a Superintendência de Seguros Privados (Susep) um pleito de alteração normativa para tornar obrigatórias as coberturas de inundação e alagamento no seguro residencial. Atualmente tais coberturas são ofertadas de forma optativa nesse ramo.
No documento enviado ao órgão regulador, assinado pelo presidente da Federação, Armando Vergilio, a instituição destaca que se trata de um “assunto de cunho social de extrema relevância”. A Federação sugere a alteração da Circular 620/20 da Susep, que estabelece as regras e critérios para a operação de seguros do grupo patrimonial, de modo a incluir, na cobertura básica do seguro residencial, a cobertura compulsória para inundações e alagamentos.
“A proposta é aproximar as cláusulas do seguro residencial às do seguro habitacional no que tange aos itens de danos físicos, sem replicar outras coberturas ali inseridas, visto que encareceriam sobremaneira o seguro residencial”, justifica a Federação.
A Fenacor acentua ainda que o seguro compreensivo residencial é destinado às residências individuais, casas e apartamentos, habituais ou de veraneio, garantindo cobertura para a edificação e, facultativamente, outras coberturas, como inundação e alagamento.
Contudo, habitualmente, apenas os clientes que entendem estar em área de risco severo contratam tais coberturas. “Por consequência, a oferta por parte das seguradoras é restrita e, quando disponibilizam essas coberturas, fazem em sublimites considerados, por sua vez, insuficientes”, pondera a entidade.
Neste contexto, a Fenacor entende que seria “de grande importância para o cidadão” a intervenção da autarquia, com a alteração normativa para contratos futuros, visando minimizar os danos decorrentes de catástrofes como as ocorridas recentemente no Rio Grande do Sul, Vale do Itajaí, Serra Fluminense, dentre tantas outras.
Fonte: Assessoria de Imprensa Fenacor, com ajustes do Acontece