
Entre 10 e 12 de outubro, o Rio de Janeiro (RJ) foi palco do 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, organizado pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) com apoio do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ).
O evento aconteceu no Centro de Convenções Expo MAG, reunindo mais de 3 mil participantes, incluindo lideranças políticas e do mercado de seguros, personalidades do setor, seguradores, jornalistas e corretores de seguros de todo o Brasil.
A cerimônia de abertura, realizada na noite no dia 10, contou com a presença do presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergilio, que compôs a mesa solene ao lado de figuras de destaque, como o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad; os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani; o presidente da Fenacor, Armando Vergilio; o presidente do Sincor-RJ, Ricardo Garrido; o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira; e o presidente da ANS, Paulo Rebello Filho.

“Mundo Novo do Seguro”
Durante seu discurso, Lucas Vergilio elogiou a realização do congresso e destacou o momento único que a indústria de seguros vive, caracterizado por um “ciclo virtuoso de transformações”. Ele considerou o advento da IA, o papel proativo da Susep, o Sandbox e o Open Insurance, entre outros, como pilares de um “Mundo Novo do Seguro”.
O presidente da ENS enalteceu ainda o papel da Instituição nesse contexto dinâmico.
“Não por coincidência, a Escola vive uma fase ascendente. Em um mercado tão dinâmico e mutável, nossa Instituição é protagonista e oferece soluções de capacitação para os profissionais do setor”.
Dentre as iniciativas empreendidas recentemente pela ENS, Vergilio mencionou o inédito MBA Finanças e Seguros, o curso on-line e gratuito de Direção Defensiva, e a pioneira Certificação Avançada em Gestão de Mutualismo e Operadoras.
Maior congresso da história
Seguindo a mesma linha de otimismo do presidente da Escola, o anfitrião, Armando Vergilio, declarou a edição deste ano do congresso como a maior da história. “Estamos diante do maior evento do setor de todos os tempos, com 53 painéis e mais de 170 palestrantes”, revelou, reforçando também a importância do engajamento político dos profissionais de seguros.
“A participação política de todos os profissionais do mercado de seguros é fundamental para garantir que as políticas públicas sejam favoráveis ao mercado”, concluiu o presidente da Fenacor.


Já Ricardo Garrido agradeceu ao anfitrião e anunciou que, em decisão conjunta com a Fenacor, ficou definido que o Rio de Janeiro sediará sempre os próximos Congressos Brasileiros dos Corretores de Seguros.
Haddad: contribuições ao setor
Um dos pontos altos da noite foi o discurso de Fernando Haddad. Ao compartilhar momentos de sua trajetória profissional, Haddad lembrou que contribuiu com a criação da tabela FIPE e que essa iniciativa teve impacto positivo para o setor de seguros. “A FIPE nasceu da necessidade de solucionar a falta de informação no mercado de carros usados e se tornou fundamental para o mercado de seguros”.
O Ministro da Fazenda afirmou que o setor tem potencial enorme para crescer e que a legislação precisa acompanhar essa evolução.
“Temos leis importantes para o mercado de seguros que estão em tramitação no Congresso Nacional, como a que regulamenta as cooperativas de seguros. Com a aprovação, o mercado brasileiro de seguros poderá se desenvolver como em outros países”, declarou.

Governadores participam
Em seus pronunciamentos, os governadores Cláudio Castro e Ronaldo Caiado destacaram o impacto positivo de suas gestões no setor de seguros. Caiado citou a boa política de segurança pública em Goiás e o efeito benéfico que ela tem na economia. “Goiás se tornou o estado mais seguro do Brasil e isso impactou positivamente o mercado de seguros, com a redução do valor dos seguros e a ampliação do mercado”.
Cláudio Castro também enfatizou o potencial do estado que governa para o crescimento do setor de seguros. “O Rio de Janeiro é responsável por 20% de tudo o que o Brasil arrecada e produz, e nosso estado tem uma forte ligação histórica com o mercado de seguros, sendo o primeiro em arrecadação de impostos, com R$ 460 bilhões de reais por ano”.


Conscientização em seguros
Números positivos foram divulgados pelo presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, ao lembrar que o setor vem apresentando, nos últimos anos, crescimento na casa de dois dígitos. “Nosso mercado representa 6% do PIB nacional, emprega mais de 300 mil pessoas e paga anualmente cerca de R$ 500 bilhões em indenizações”.
Oliveira ressaltou ainda o papel crucial dos corretores na conscientização da população sobre a importância do seguro. “O corretor tem papel fundamental nessa transformação”.
“Seguros à altura do Brasil”
A explanação de Alessandro Octaviani ratificou a importância do mercado de seguros para a sociedade e reforçou o grande potencial de expansão do setor. “Precisamos construir um mercado de seguros à altura do Brasil. Com diálogo e respeito às divergências, conseguiremos alcançar as convergências necessárias. Temos 70% do segmento de seguros de automóveis e mais de 80% no setor agro a explorar”, frisou o superintendente da Susep.
Corretores na Saúde Suplementar
Já o presidente da ANS, Paulo Rebello Filho, afirmou que a ANS tem trabalhado em conjunto com a indústria de seguros para garantir qualidade e segurança nos planos de saúde. O executivo destacou o papel dos corretores de seguros na saúde suplementar. “Vocês são o elo entre operadoras e clientes”.



A cerimônia de abertura foi encerrada com homenagens ao ex-diretor da ENS, Claudio Contador, e aos familiares do ex-presidente do Sincor-RJ, Henrique Brandão, falecido em fevereiro de 2024.