Painéis “Mutualismo e Gerenciamento de Riscos” e “Seguro Como Instrumento de Educação Financeira e Longevidade” tiveram participações de personalidades da Escola
Nos dias 26 e 27 de maio, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) promoveu o primeiro “Workshop de Seguros para Jornalistas”, iniciativa criada com o objetivo de disseminar e democratizar o uso de informações do setor de seguros no Brasil.
Realizado na sede da CNseg, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), o evento contou com a presença de cerca de 30 profissionais de imprensa, dos mais diversos veículos e das cinco regiões do País, além de correspondentes internacionais.
As atividades foram abertas pela superintendente de Comunicação e Marketing da CNseg, Carla Simões, que falou sobre a programação e proposta do workshop. Na sequência, Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, mostrou como é a atuação da Confederação e deu detalhes do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), lançado recentemente pela CNseg.
Gerenciamento de Riscos
A Escola de Negócios e Seguros (ENS) teve representantes em dois painéis do evento. Na manhã do primeiro dia, o diretor geral da ENS, Tarcísio Godoy, e a doutora em Direito e coordenadora dos cursos de pós-graduação da Área Jurídica da Escola, Angélica Carlini, conduziram o painel “Mutualismo e Gerenciamento de Riscos”.
Primeiro a falar e tendo como tema Gerenciamento de Riscos, Godoy lembrou que riscos não podem ser eliminados, mas são gerenciáveis. O executivo explicou que, nos seguros, existem métodos científicos que identificam, avaliam, medem, solucionam e mitigam todos os tipos de riscos.
“Seguro está muito relacionado com a percepção de risco individual de cada um. Temos que pensar no seguro como um investimento adicional que tira a volatilidade do seu risco. Quando você contrata um seguro, você está querendo mitigar a probabilidade do seu risco se materializar”, afirmou.
Mutualismo
Após a palestra de Godoy, Angélica Carlini desenvolveu o conceito de Mutualismo. “É ter um olhar para o passado, que é o olhar das estatísticas, e outro para o futuro, que é o olhar das probabilidades. A partir dessa análise conseguimos gerir todos e quaisquer tipos riscos”, salientou.
Dando exemplos práticos sempre com muito bom-humor, Carlini abordou a lógica dos riscos pré-determinados.
“Precisamos saber o que estamos investigando e quais são os riscos pré-determinados. Vou dar um exemplo. Um Toyota Corola, modelo 2014, na cor prata. Esse é o risco? Um Seguro de Automóvel para um Corola modelo 2014? Errado. Quem vai dirigir? Eu, uma senhora de 63 anos. Onde esse veículo vai rodar? Essa senhora de 63 anos e esse veículo andarão sempre no eixo São Paulo-Campinas. E na capital? Quantos quilômetros ele rodará no mês? Precisamos saber tudo isso”.
No momento em que todos esses dados são mapeados, o risco é conhecido. “Dessa forma, ele é determinado para que olhemos para o passado e, com base nas estatísticas, o risco é calculado com probabilidades. Assim temos o olhar para o futuro”, concluiu.
Segundo dia
O painel “Seguro Como Instrumento de Educação Financeira e Longevidade” abriu o segundo dia de atividades. Carlos Heitor Campani, pesquisador da ENS e PhD em Finanças, dividiu o palco com o chairman da MAG Seguros, Nilton Molina, a CEO da Brasilprev, Ângela Assis, e o diretor da Bradesco Vida e Previdência, Estevão Scripilliti.
Campani apresentou palestra sobre Educação Financeira, tema no qual é especialista. No debate, mediado por Carla Simões, o representante da ENS alertou que esse é um assunto em que o Brasil precisa avançar bastante. “Em um futuro muito próximo, a sociedade não terá condições de bancar nossos idosos, de modo que precisamos nos preparar para a terceira e melhor idade a partir de já”.