Especialista deu dicas para administrar o orçamento 

Na última quinta-feira, 11 de maio, a Escola de Negócios e Seguros (ENS) realizou mais um encontro do Circuito de Lives “Educação Financeira”, que teve como tema “O que fazer para melhorar o meu orçamento?”. Com transmissão pelo canal da ENS no YouTube, o professor e pesquisador da ENS, Carlos Heitor Campani, especialista em Finanças Pessoais, recebeu a colunista do Valor Investe, do jornal Valor Econômico, Ana Leoni. 

“Este é um dos assuntos que mais motivam, porque temos muito trabalho a fazer. Educação financeira deve estar ao alcance de todos. Temos que espalhar educação financeira por este País. Só assim conseguiremos construir um País com menos desigualdade social”, ressaltou Campani. 

O acadêmico explicou que o primeiro passo para evoluir financeiramente é estabelecer um orçamento. “Listar suas receitas e despesas para poder se organizar da melhor forma”. 

A convidada especial, Ana Leoni, concordou com a estratégia e destacou que o dinheiro é finito. “É um bem que precisamos usar com muita responsabilidade. O orçamento nada mais é do que um plano de voo. Temos que saber de onde a gente parte e para onde vamos”. 

Dicas de orçamento 

Segundo Leoni, para começar a estabelecer um orçamento o primeiro passo é definir a capacidade de renda. “As pessoas evitam fazer este movimento. Às vezes o bicho é menor do que a gente imagina. O primeiro ponto é sentar e organizar. O que dá diretriz sobre a capacidade de gastos é a nossa renda. A primeira coisa é saber exatamente o quanto ganha, que geralmente é menos do que imaginamos”. 

O próximo passo, de acordo com a colunista, é mensurar os gastos. “Acaba sendo muito difícil para as pessoas entenderem o que é planejamento e o que é fluxo de caixa. Uma coisa é o seu orçamento, que você vai estabelecer seus limites e mapeamento. Outra coisa é seu fluxo de caixa, o extrato da sua conta corrente. O fluxo do seu dinheiro nem sempre vai bater com seu orçamento”. 

Neste mapeamento das despesas, não é necessário anotar “cada cafezinho”, porque isso gera grande ansiedade. “Mas é legal colocar as despesas que são recorrentes, como aluguel, condomínio, água, luz, celular. Este é o primeiro ponto mais difícil quando as pessoas são desorganizadas com suas finanças. Minha dica é levantar o que foi gasto nos últimos três meses e projetar para os três meses seguintes”. 

Após essa análise, devem ser incluídos os gastos com lazer, como jantares, cinema e academia, e os gastos fixos anuais, como impostos e matrícula escolar. “Outra dica é não confundir o cartão de crédito com despesa. Cartão de crédito não é despesa, é um meio de pagamento. O que é despesa é o que tem dentro da fatura”, finalizou. 

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